A República Federal da Alemanha possui uma parceria histórica com Moçambique, em diferentes áreas e principalmente na formação de quadros. No âmbito desta cooperação, o Embaixador deste país amigo, Mr Ronald Münch, visitou na manhã desta terça-feira (15) a Universidade Pedagógica de Maputo (UPMaputo). Na ocasião, o Embaixador germánico, acompanhado pela Primeira Secretária para Assistência Humanitária, Cultura e Imprensa, Jana Lombard, reuniu-se com o Professor Jorge Ferrão, Reitor da UPMaputo, com o Professor José Castiano, Vice-Reitor, e antigos estudantes na Alemanha actualmente docentes e decanos da UPMaputo.
Munch, mostrou-se impressionado nesta que é a sua primeira visita à UPMaputo, e ressaltou a grande importância da relação e do trabalho em equipa realizado por estes dois países, uma vez que possuem uma longa história, expressou ainda o interesse em continuar a cooperar com a UPMaputo. Munch, igualmente, trouxe na conversa, questões de reflexão ligadas a continuidade do ensino da língua alemã; o incentivo do trabalho com os antigos estudantes na Alemanha (Alumni) no desenvolvimento de pesquisas.
Por seu turno, Jorge Ferrão manifestou profunda gratidão à Alemanha pelo apoio na formação de quadros ao longo dos anos, acrescentado que “temos muito orgulho, por ter colegas formados na Alemanha”. reiterando assim a continuidade desta parceria através das actividades realizadas a cada dia, no ensino da língua alemã assim como, fazendo de tudo para que a relação cresça com a diversificação dos projectos.
De referir que a UPMaputo conta com um leitor da língua alemã, que coordena o curso de ensino de língua e cultura alemã.
Por: Taualia Neuara e Daniel Bila (fotos)
GCI - UPM
O Cônsul honorário de Torino-Itália, Dr. Guido Massuco manteve encontro com o Reitor da Universidade Pedagógica de Maputo (UP-Maputo), Professor Ferrão, na manhã desta quarta-feira (9), com o propósito de estabelecer contacto para a assinatura de um acordo de cooperação entre a Universidade de Torino e a UP-Maputo, nas áreas de economia e comércio, e na criação de cursos ligados ao Business Scholl.
Na ocasião, Ferrão afirmou não haver muitos projectos com a Itália, embora perspectiva-se uma conversa com o Embaixador sobre a posição da Itália em relação ao apoio as instituições de ensino superior Moçambicanas, assim como a geração de cursos de curta duração para o sector privado, no entanto, Ferrão mostrou abertura para o estabelecimento de um acordo de cooperação.
Por seu turno, Massuco referiu que já estão sendo mantidos contactos para a materialização do acordo, entretanto, apelou a celeridade do processo para a concretização da parceria, uma vez que as universidades são autónomas.
Participaram do encontro: a Directora do Gabinete de Cooperação, Director do Gabinete Jurídico e Director da Direcção de Finanças da UP-Maputo.
A Universidade Torino é uma das mais antigas na Europa, e a maior na Itália com cursos ligados a engenharia, economia e comércio.
Por: Taualia Neuara e Daniel Bila
GCI/UP-MAPUTO
O BCI e a Universidade Pedagógica de Maputo (UP-Maputo) assinaram, na Terça-feira (8), um acordo de parceria e cooperação através do qual são reforçados os laços existentes entre as duas instituições.
A cerimónia decorreu nas instalações da universidade e contou com a presença do Presidente da Comissão Executiva (PCE) do BCI, Francisco Costa; do Reitor da UP-Maputo, Jorge Ferrão, das jogadoras da equipa de voleibol da universidade, entre outros membros das duas instituições.
O protocolo firmado estabelece os termos de apoio do BCI ao desporto de alta competição desenvolvido na UP-Maputo. No âmbito do acordo, o BCI passa a apoiar as equipas de futebol, voleibol, basquetebol e atletismo da Universidade Pedagógica, na aquisição de material e equipamento desportivo.
Intervindo, o PCE do BCI, Francisco Costa, reiterou o compromisso do Banco em apoiar iniciativas que agregam valor e que produzem resultados concretos. “Sabemos que a UP-Maputo possui equipas ganhadoras, e isso representa motivo de orgulho e prestígio para todos nós. O desporto, além de ser uma ferramenta de inclusão e formação, promove uma vida saudável, resiliência e capacidade de superação”, disse.
Na mesma ocasião, Francisco Costa instou os atletas a aproveitarem a fase académica em que se encontram para se dedicarem ao desporto com empenho e determinação, com vista ao alcance de muitos mais e bons resultados.
O Reitor da UP Maputo, Jorge Ferrão, agradeceu, por seu turno, a contínua confiança do BCI, tendo referido a abertura para futuras colaborações no âmbito da formação do capital humano, incluindo a possibilidade de estágios para estudantes finalistas e capacitação de quadros do banco na universidade.
Num outro desenvolvimento, Jorge Ferrão enalteceu os valores que norteiam o BCI e que fazem desta instituição um banco de referência em Moçambique. Apelou, de igual modo, aos atletas para valorizarem o apoio recebido e se dedicarem ao desenvolvimento do desporto, como contributo para o crescimento do país.
O apoio do BCI ao desporto enquadra-se na sua política de responsabilidade social, que abrange, entre outras, a área alimentar, a saúde, a educação, sendo esta última a base do protocolo firmado com a UP-Maputo.
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O sociólogo moçambicano, professor da Universidade Pedagógica de Maputo, falava na Mesa de Abertura do XX Congresso De Ciências Do Desporto E Educação Física Dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), que decorre na Universidade Estatual de Campinas, São Paulo, Brasil de 19 a 21 de Março.
Rupia apresentou uma reflexão sociológica sobre como o desporto, longe de ser um espaço neutro e acessível à todos, reflete e reforça desigualdades sociais e econômicas nos países periféricos, com foco na realidade moçambicana. Inspirado nas contribuições teóricas de Pierre Bourdieu e Norbert Elias, Rupia analisou como as modalidades desportivas se organizam dentro de um campo de disputas sociais, onde a classe, o capital econômico e o capital cultural determinam o acesso e a permanência dos indivíduos no mundo do desporto.
Desporto: Um Campo de Exclusão?
Embora seja amplamente promovido como uma ferramenta de inclusão social, o desporto em Moçambique carrega um histórico de desigualdade e elitização. Algumas modalidades, como golfe, ténis e natação, permanecem acessíveis apenas às elites urbanas, enquanto esportes populares como futebol e atletismo são praticados de forma precária, muitas vezes sem infraestrutura adequada e com escassos incentivos públicos.
Na sua fala, Bento Rupia teve como Pontos-chave da apresentação:
- Reprodução das Desigualdades: O desporto não escapa às lógicas de exclusão social e de classe; ao contrário, muitas vezes as reforça.
- Legado Colonial: A estrutura desportiva herdada do período colonial ainda influencia a organização e o financiamento das modalidades em Moçambique.
- Violência Simbólica: Há uma naturalização da exclusão, onde determinados esportes são socialmente “invisibilizados” para certas camadas da população.
- Falta de Políticas Públicas Inclusivas: O papel contraditorio do Estado e a ausência de investimentos estruturais e programas de democratização impede a ampliação do acesso.
- O Papel da CPLP: Como os países de língua portuguesa podem atuar na promoção de políticas desportivas mais equitativas?
E agora? O que podemos fazer? Rupia responde;
É fundamental desmistificar a ideia de que o desporto é automaticamente um fator de mobilidade social. Sem políticas públicas eficazes e sem uma mudança no imaginário social que legitima a exclusão, o desporto continuará a ser um espaço de privilégios. Precisamos de um compromisso real para garantir que todas as camadas da sociedade tenham acesso igualitário às oportunidades desportivas. Concluiu o sociólogo, convidado para falar na Mesa de Abertura do mais importante Congresso de Desporto e Educação Física da CPLP, que este ano decorre em Campinas, Brasil.
*GCI - UPM*